quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Desigualdades



Em meio a muitos avanços nas áreas de tecnologia e no próprio serviço público mais modernizado, para atender a demanda de tão grande população, as cidades continuam sem conseguir resolver problemas básicos que dizem respeito à qualidade de vida do ser humano morador das grandes metrópoles.
Moramos num país muito rico, e quem duvida da riqueza do Brasil basta contabilizar, se puder, as verbas públicas destinadas para vários fins como saúde, educação e que acabam nas mãos de anões, mensaleiros, meias e outras bolsas grandes... Tornan-se incontáveis as quantias de bilhões desviados dos cofres públicos governo após governo. Como comenta a socióloga Saskia Sassem: “O Brasil, aliás, é uma economia cada vez mais rica, o problema é a distribuição.”
O aumento destas desigualdades estão chegando cada vez mais perto, a poucos km  do centro do poder encontramos a  Estrutural,  cidade que possui o famoso “lixão de Brasília”, local onde são despejados todos os resíduos produzidos nos palácios, prédios públicos e mansões da capital. A foto acima é da Santa Luzia, bairro formado por centenas de famílias, que cada vez aumenta mais, sem nenhuma infraestrutura. Não podemos deixar de lembrar que logo abaixo temos reservas de água que estão sendo contaminadas ao longo dos anos, mas porque nada é feito durante todos os anos que o bairro existe? E o principal, as pessoas que ali estão? O que vai ser delas?
Na verdade temos observado algumas questões que parecem não ter fim como a falta de residências, pouco transporte e de baixa qualidade, para atender grande número de pessoas com moradia mais distante, capacitação profissional para preenchimento de vagas no mercado de trabalho cada vez mais exigente. Ficamos então com a sábia analise do sociólogo frances Loic Wacquant:
Quanto mais eu investigo a produção e gestão da marginalidade urbana, mais me convenço de que o estado combinando as diferentes escalas, centrais, edifícios municipais é a fonte principal, e uma possível solução, para a desigualdade urbana.”  L. Wacquant.


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