Em meio a muitos avanços nas áreas de tecnologia e
no próprio serviço público mais modernizado, para atender a demanda de tão
grande população, as cidades continuam sem conseguir resolver problemas básicos
que dizem respeito à qualidade de vida do ser humano morador das grandes
metrópoles.
Moramos num país muito
rico, e quem duvida da riqueza do Brasil basta contabilizar, se puder, as verbas
públicas destinadas para vários fins como saúde, educação e que acabam nas mãos
de anões, mensaleiros, meias e outras bolsas grandes... Tornan-se incontáveis
as quantias de bilhões desviados dos cofres públicos governo após governo. Como
comenta a socióloga Saskia Sassem: “O
Brasil, aliás, é uma economia cada vez mais rica, o problema é a distribuição.”
O aumento destas desigualdades estão chegando cada
vez mais perto, a poucos km do centro do
poder encontramos a Estrutural, cidade que possui o famoso “lixão de Brasília”,
local onde são despejados todos os resíduos produzidos nos palácios, prédios
públicos e mansões da capital. A foto acima é da Santa Luzia, bairro formado
por centenas de famílias, que cada vez aumenta mais, sem nenhuma
infraestrutura. Não podemos deixar de lembrar que logo abaixo temos reservas de
água que estão sendo contaminadas ao longo dos anos, mas porque nada é feito
durante todos os anos que o bairro existe? E o principal, as pessoas que ali
estão? O que vai ser delas?
Na verdade temos
observado algumas questões que parecem não ter fim como a falta de residências,
pouco transporte e de baixa qualidade, para atender grande número de pessoas
com moradia mais distante, capacitação profissional para preenchimento de vagas
no mercado de trabalho cada vez mais exigente. Ficamos então com a sábia
analise do sociólogo frances Loic Wacquant:
“Quanto mais eu investigo a produção e gestão
da marginalidade urbana, mais me convenço de que o estado combinando as
diferentes escalas, centrais, edifícios municipais é a fonte principal, e uma
possível solução, para a desigualdade urbana.” L. Wacquant.
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